A temática sobre o Desenvolvimento Regional tem sido motivo de uma crescente preocupação nos últimos anos. Seja a partir do meio acadêmico, com a criação de diversos programas de pós-graduação (como o Mestrado em Desenvolvimento Regional das Faculdades Integradas de Taquara – FACCAT/RS, em vigência desde 2013), os quais se propõem em estudar com maior profundidade este assunto. Ou ainda, pela preocupação do Governo Federal desde o estabelecimento de políticas públicas tanto para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira como para a redução das desigualdades regionais. Talvez o destaque mais recente esteja representado pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional – PNDR, em vigor no Brasil desde 2007.

Entretanto, a preocupação também perpassa por outros temas (tais como a Economia, a Gestão, a Ecologia, a Geografia e a História, por exemplo) que possuem uma relação intrínseca com o desenvolvimento regional, mesmo que para muitos isso não signifique uma ligação efetiva com as condições de vida da população. Porém, é sabido que o Brasil, em especial, possui inúmeros desafios nos mais diversos âmbitos: desemprego, recessão econômica, desigualdade social, degradação do meio ambiente, dentre outras problemáticas.

Na atualidade, a população global vive uma era de desafios. Inserida em um sistema linear de padrões que demanda atenção, é preciso que sejam considerados todos os elementos, sempre respeitando (mas ainda para muitos, impossível), a priori, os limites da natureza, a fim de que se possa melhorar a vida das pessoas. Elementos que buscam comprovar isso são os inúmeros estudos que vem sendo divulgados ao longo dos anos, tais como o Índice de Felicidade Bruta (FIB – http://www.felicidadeinternabruta.org.br/), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH – http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0.html) e ainda, com um enfoque mais voltado para a população do Rio Grande do Sul, está o Índice de Desenvolvimento Econômico e Social – IDESE (http://www.fee.rs.gov.br/indicadores/indice-de-desenvolvimento-socioeconomico/), por exemplo.

Além disso, a evidência de uma preocupação global com a melhora da qualidade de vida das pessoas é reforçada em 2015, a partir do estabelecimento dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Social (ODS – https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030), que possuem sua origem nos Oito Objetivos do Milênio (2000-2015). Todavia, estes são apenas alguns de muitos estudos que, em síntese, buscam expressar a realidade encontrada nos mais diversos espaços ocupados pelo homem na Terra.

De qualquer forma, buscou-se reunir um conjunto de 83 pesquisadores, os quais oportunamente, poderão ser contatados por seus respectivos e-mails, que se encontram ao final da obra em caso de sugestões, dúvidas ou ainda pela busca por maiores referências por parte do leitor. Por conseguinte, é importante ressaltar que este conjunto de participantes redigiu 165 verbetes, para que fosse possível contribuir na exposição e na compreensão de assuntos que para muitas pessoas, por vezes, não são conhecidos em seu cotidiano.

Como resultado, entende-se que o “DICIONÁRIO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TEMAS CORRELATOS” cumpre com a função de ser uma fonte de consulta e de informação, tanto para a comunidade acadêmica como para o público em geral. Isto porque, frente ao atual cenário, complexo e dinâmico, é fundamental que se possa identificar e entender de maneira objetiva como se apresentam alguns dos fatores que influenciam nas condições de vida da população mundial e brasileira.